segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Memorabília


Escrevo por que gosto.Por que necessito disso.
Pela simples vontade de poder expor minhas neuroses urbanas.
Por que se faz necessário imprimir o meu cotidiano,de um modo anárquico.
E com isso,mostrar meu mundo interior e tudo á sua volta,
Podendo compartilhar a crônica diária de minha vida banal.
Livros,discos,amigos,as minhas músicas de 3 acordes,
Necessito guardá-las numa guarrafa.
Misturar tudo e beber pelo gargalo,
Vomitando a neurose e sujeira diária das ruas,
Em letras garrafais de uma frase mal feita.

domingo, 9 de outubro de 2011

Trabalho e Arte:O que Vc Vai Ser,Quando Vc Crescer?

Domingo tedioso e aqui estou eu,de frente pro pc pensando no que escrever.aliás,acordei já pensando em que assunto jogar no blog hoje.Daí pensei em tudo:família,trabalho,arte.Depois de algumas escovadas com creme dental e um bom banho,decidi juntar os dois temas:trabalho e arte.
Na boa,não detesto meu trabalho,mas está longe do que eu gostaria realmente de fazer.A única coisa que me atrai nele é o salário caindo dia 5 de cada mês,na minha conta,e mesmo assim,não é aquela coisa toda.
Daí vc vai dizer:"bah,todo mundo já imaginou isso",mas convenhamos,seria bom se cada pessoa trabalhasse com aquilo que gosta não é mesmo?Nem precisava ganhar rios de dinheiro.A satisfação estaria naquilo que se gosta de fazer e produzir.Renderia até mais na área escolhida.
Meu irmão que é feliz.Desenhista,trabalha naquilo que curte,e recebe relativamente bem para se manter.Há dias em que ele está com um sorriso enorme pelo salário recebido,outros não.
Eu mesmo por enquanto,vou trabalhando na área de comunicação mesmo,com meu dindin suado do mês.Mas falo á vcs:no meu caso,seria ótimo trabalhar como um crônista.
Não estou aqui reclamando do meu trabalho,longe disso.Só acho que quando Deus te dá um dom,não acho que é á toa,que mais cedo ou mais tarde,isso vai aflorar.
Uma vez,numa dessas conversas de botequim,um amigo disse que trabalhava em duas áreas:no trabalho comum dele e como músico,sendo que nesse último ele não recebe nada,além de certo reconhecimento pessoal.
Não sou nenhum escritor reconhecido,e nem tenho diploma superior na área de letras,mas começo a pensar numa forma de poder me aprimorar dentro do que faço aqui no blog.
Há muitas pessoas com talento,querendo mostrar o que Deus lhe deu.Elas aparecem de lugares que a gente nem imagina.No Programa do Jô mesmo apareceu um senhor,dono de um açougue,amante de cinema,que produzia filmes.Já tinha aparecido numa outra ocasião,um senhor de origem humilde,trabalhador do roçado,que tambem adorava cinema,e mostrava amor á arte,produzindo seus filmezinhos precariamente,com uma certa ingenuidade mineira(ele era de uma cidade do interior de MG),mas ainda assim mostrando ao mundo ao que veio.
Enquanto isso,a mídia em si nos joga lixos,em diversas áreas da cultura.
Que venham mais pessoas humildes,como o senhor do roçado,amante de cinema,que nos mostrou que pode vir algo bom de locais nunca imaginados.basta apenas ter amor á arte.

domingo, 2 de outubro de 2011

De Música Ligeira.


De Música Ligeira apresenta as características de um autêntico livro contemporâneo, representado pela narrativa não linear, repleta de personagens que vêm e vão, às vezes, atormentados por seus conflitos. Como panos de fundo estão movimentos musicais e sociais como o grunge, rock e punk, que influenciaram de forma decisiva a maneira de pensar e agir dos jovens dos anos de 60, 70, 80 e 90. Apesar dos 21 anos de idade, a escritora espanhola Aixa de La Cruz surpreende ao apresentar um texto maduro, em que os personagens se afastam da aura adolescente, sem deixar de lado os questionamentos pertinentes ao crescimento e a autodescoberta.
Dylan, um professor de piano, autista, e Julia, sua ex-aluna, encontram-se por acaso num pub de Madri e, de forma casual, dividem suas memórias e aflições. Para ambos os personagens, a música tem impacto e influência direta na forma de agir e pensar, especialmente, para o professor, que foi batizado como Bob Dylan pelo pai, fascinado pelo cantor. Sua dificuldade de se comunicar por meio de palavras resulta num mutismo, que é superado com a ajuda de seu dom de tocar piano.
No livro, destacam-se também temas recorrentes, como a relação dos protagonistas com a solidão, a aceitação social, o abuso do álcool e das drogas para representar a inclusão em algum movimento que exige tais comportamentos. A autora enfoca o papel fundamental que a música exerce como modeladora de identidade, atuando no resgate de memórias e solução de problemas. A música, desde Bob Dylan, Sex Pistols, Nirvana, Beethoven a The Smiths, Dire Straits e Madonna, acompanha os diálogos a fim de demarcar sentimentos e épocas.

(RE) CONSTRUÇÃO

Reconstruo meu mundo  Com novos rostos e nomes. Reformulo cenas Passadas e vividas Do que um dia vivi. Revezo...