domingo, 28 de julho de 2013

Entre Correntes



Acorrentado como um animal
E preso a seu corpo,
Me entrego com indiferença
A tudo que não quis aceitar,
De seu torturante capricho.

Paredes de concreto se criam
Entre nós.
E com determinação
você as quebra.
Por que essa necessidade
De se criar um teatro de horrores ?

Não quero aplauso de uma plateía,
Mas sim ir prá algum lugar
Onde nada me machuque,
E que possa blindar,
O meu já sacrificado coração.

Último Ato




Tente pronunciar meu nome,
E você não o verá.
Como afirma ser minha,
Se antes, nunca foi ?
E o que você supõe 
Ser algo especial,
Não é.

Foi dessa forma
Que  você vendou meus olhos,
Contra algo que veio
De encontro a mim,
E ao meu querer.

Face...o que posso te dar é minha face,
Para rebater minhas palavras
E aceitar meu perdão.

Eu vejo o sol queimando meu corpo,
E vejo você sorrir.
A última cena
De um filme inacabado
Por nós.

Mono Amor



E se eu tentasse te salvar,
E se tentasse me amar ?
Ainda sentiria dor em você ?
Eu te dei tudo     que pude.
Te daria o dobro até
Do que consegui,
Até aceitar e dizer
Que sou único,
Dentro de você 




Evolução Humana ?

 


 Na maioria das vezes, acredito que não pertenço a este mundo, e nem que me encaixo nele. Mundo em que pessoas brigam por poder de forma egoísta ,
expondo suas idéias , mas desrespeitando outros formatos e pontos de vista.
Com isso, se cria uma gestão individualista, e em contrapartida, afrontoso,
Enfim,o governo quer um páis onde pessoas nao tenham voz, e que elas mesmas se confrontem umas ás outras, gerando aos poucos, guerra, caos e por fim, destruição.
Será que isso que dizem ser, a evolução do homem ?
Melhor voltar a ser um homo sapiens.


Direções



Depois daquele dia
Minhas malas não se encontram
Mais vazias.
E onde estamos agora,
Senão em círculos?
Esse é um  premio válido,
contra as palavras que me diz ?
Sem rumo andamos
A longos passos,
Em direções opostas,
Procurando uma  cidade fantasma.

Sobras




Me deixe com as palavras ditas,
E a dor do que acabou.
Guarde os bons momentos,
E os ruins, que fiquem comigo.
Deixe-me sentir negado por você,
Até que se torne
Uma estranha a meus olhos.
E sem presa,
Se faça surtir o efeito,
Do esquecimento involuntário.

Deixe salvo apenas,
Meu último suspiro numa
Mensagem de celular.
Como registro do que foi encerrado.

Feche a porta sem bater.
Como fez com seu coração.
E me deixe aqui, sem mistério,
Em meu purgatório pessoal.

sábado, 27 de julho de 2013

Abaixo De Zero



 Estarei escondido
Em seus pensamentos
Enquanto dorme.
Você não sabe onde ir,
E eu a sigo
Num mundo irreal,
Com a missão de limpar
As chagas que apodrecem,
Em minha já amaldiçoada  alma.

O grito guardado se cala.
E com ele virá,
A noite mais silenciosa
Que vimos passar
Em nossos olhos.

Não é fácil a aceitação da fuga.
somente para quem parte,
Mas não para quem fica.
Encontraremos o limbo de torturas.
Se sente feliz agora
Que seu mundo perfeito, 
É uma janela á ceú aberto,
Revelando o ceú oculto ?

Imóvel

Preso em uma caixa,
Imóvel como um brinquedo.
Olhos vendados,
Movimentos anulados.
Agora  sinto-me melhor assim.
Não sinto a esperança
No que procuro,
E aceito seu abraço frio.
Recebo as flores a minha  volta,
Como a um troféu.
A chuva cai em meu corpo
E eu não sinto as gotas.
Tudo ja foi feito,
Só preciso descansar enfim.
Não procuro mais
Pela minha caminhada infinita.
Não procuro pelas
Respostas ocultas em anos,

E também não  me atrevo
A encontrá-la mais.
A reposta eu  encontrei em mim,
Do jeito que  sei, enfim .
E de encontro a essa busca,
Me deito em seu colo,
Para o eterno repouso.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Quebra-cabeça



Antes de o sol se pôr
Eu  me dei em si,
E sobre escrombos
Fortaleci minha alma,
Há tempos doente.
Sem esperar por um final inconsequente,
Me reformulei
Achando a saída,
Sem bater na porta.
Encontrei tudo ao meu redor,
E me vi em cores
Que você nunca reparou.
E agora longe de nós,
Posso aceitar
Nossos erros e acertos
Aparecerem,
Como num slide
De cenas editadas,
Num aparelho Datashow.

Destroços






Me despedaço em palavras ocultas, as quais não quis ouvir.
Escravo do seu toque, me curvei
Diante do  horizonte distante que construi.
Eu gritei de dor, e você não ouviu.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Dias Infinitos (Janela De Vidro)





Dias, semanas,
Minutos longos.
Espaço e tempo torturantes.
Você não percebe
o quanto me faz bem ?


Me veja em seus olhos
E sinta a dor.
Baby, você sabe
Que ainda é a melhor.
Os fantasmas desta casa sumiram,
Enquanto lá fora chove.
E o que fazer da vida,
Quando ela nos separa?


E assim você me apareceu,
Me fazendo olhar
Para outro horizonte,
De olhos fechados.
Tente mudar meu mundo
Para uma outra direção,
Distante desta cidade.




terça-feira, 16 de julho de 2013

Vertigem Em 360 Graus

                                       

                                        
 

                                                                                    O que eu pensei ser algo especial,não é.
                                                                                    Tão fria e seca.
                                                                                    Deus,como pôde?
                                                                                    A saliva antes doce,
                                                                                    Se torna uma faca de dois gumes,
                                                                                    A qual me perfura
                                                                                    Com gosto e com vontade.




Recebo com pesar o beijo cortante
E as palavras de sua boca,
Que me fazem confuso.

                                                            Não percebo que
                                                            Perdi você em algum momento.
                                                            Momento infeliz das palavras soltas
                                                            Entre eu,entre você,
                                                            Numa guerra de egos.



A doce brisa se esvai
De meus sonhos e pesadelos.
Enquanto continuo caminhando sobre pedras.
Você tenta pronunciar meu nome sem sucesso
E não tem mais nada pra sentir,

                                                                                                           

Luzes acessas 
E cortinas caem pelo teatro.
                                                                                                          


Não há mais nada que eu possa fazer.
Até poderia me sentir melhor.
Porém, por um período muito pequeno,
Fiquei cego á seus atos,
Que vieram de encontro
A mim e ao meu querer.

                                                                                                Você implorou e chorou,
                                                                                                E eu em um ato impensado,

                                                                                                Simplesmente não te perdoei.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

O Beijo Do Escorpião





Durante a noite seu suspirar me sufocou,
E o beijo que antes me dava euforia
Me Corta, como uma lâmina afiada.

Viajo na sua imagem,que me aparece
Distorcida pelo álcool.
Seu gozo não é mais o mesmo,
E a chuva ácida continua caindo....

Use sua face oculta e me reprima
Com lágrimas banhadas de sangue,
As quais não seco.
E o que almeja, eu não te darei,
Pois não gosto do que estou sentindo.
E a chuva ácida continua caindo..

A quem pedir socorro ? 
A quem pedir um voto de salvação ?
É como uma corrida sem fim,
Onde não há vencedores, nem perdedores
Ao meu lado. 
Por isso o pódio me foi negado.

E ao final de tudo,
Te presenteio com flores mortas,
Pelos anos da indiferença,
Restando dentro de você
Dúvidas, as quais não responderei.

















(RE) CONSTRUÇÃO

Reconstruo meu mundo  Com novos rostos e nomes. Reformulo cenas Passadas e vividas Do que um dia vivi. Revezo...