domingo, 5 de maio de 2013

Na Contramão




 Atravessei a rua,na expectativa remota de te ver, de saber sobre você,mesmo tendo certeza de que desde o dia que fechou a porta de casa, não retornaria mais. E é engraçado como ainda vejo esperança em algo tão impossível.Pode ser exagero meu, mas é o que posso ter no momento. E isso só faz trazer dor.A dor de sentir o que não foi concretizado.E a cada passo me perco. E enquanto sigo pelas ruas,vejo o brilho dos faroís de carros e praças iluminadas,o que me faz lembrar do seu olhar antes aconchegante,que me fazia esquecer todos os problemas do cotidiano. Só me resta voltar prá casa.E ao abrir a porta,comtemplo O sofá da sala,tão invisível desde que você se foi.a tv que mesmo com o volume alto, parece estar sem som.Tudo nessa casa agora parece abandonado ,O que antes transparecia ter vida,agora não mais há.Silêncio em mim. Me deito,e comtemplo imagens no teto do quarto.Imagens refeitas de momentos variados.Um mozaico de cenas e sensações híbridas:Contradições expostas,expectativas não realizadas.palavras mal ditas no calor da emoção,olhares perdidos... E a única coisa a fazer nesse momento, é fechar os olhos, torcendo que o dia seguinte traga esperança por onde eu passar.E que possa talvez,guiar seus passos até mim,onde você estiver.

(RE) CONSTRUÇÃO

Reconstruo meu mundo  Com novos rostos e nomes. Reformulo cenas Passadas e vividas Do que um dia vivi. Revezo...